Dentre tantas pessoas ilustres que marcaram Duartina, trazemos hoje, nesta coluna, a história de um dos mais importantes homens públicos dos últimos 96 anos da história Político Administrativa da nossa cidade e que fez parte da História de Duartina, Waldemar Fonseca Fernandes.
Nascido em São Paulo, em 03 de novembro de 1929, o garoto tímido, de família humilde, mudou-se para o interior de Minas Gerais e ainda menino veio para Duartina, cidade que aprendeu a amar e adotou como se fosse sua Terra Natal. Ele mesmo se intitulava como “Duartinense da Gema”.
Começou a trabalhar muito moço e por onde passava deixava sua personalidade de talento, humildade, capacidade e sabedoria, sendo como alfaiate, radialista e cartorário.
Ainda jovem entrou na Prefeitura de Duartina, onde seu talento e competência foram chamando atenção de empresários locais. Se afastou por um tempo da prefeitura para gerenciar uma Olaria em Pederneiras.
Logo em seguida, foi chamado para retornar a Duartina onde trabalhou na empresa do saudoso José Ranzani, que comercializava cereais, em especial o café. Com a crise, do café e o fechamento da empresa, Waldemar Fernandes retornou a prefeitura, cujos serviços perduraram por 51 anos.
Em dia 28 de abril de 1955, com 26 anos, casou-se com Dona Nadir Nunes Fernandes, com quem teve duas filhas, Eneida e Erika.
O entusiasmo que sempre dedicou ao trabalho constituiu uma prova de amor à cidade que adotou e foi, inequivocamente demonstrada, quando colocou o nome de “Duartina” no sobrenome de sua primeira filha, fruto de seu casamento com Dona Nadir. Eneida de Duartina Fernandes que, vaidosamente, ostenta com muito orgulho o nome conferido pelo Pai.
Chefe de Gabinete e conselheiros dos prefeitos, Waldemar atuava no interior da “máquina pública”, e nesse contexto, agia como um orientador político de seu respectivo mandatário. Esse fato lhe permitiu uma maior efetividade na participação dos rumos das políticas implantadas em Duartina. Foi a “eminência parda” da política duartinense.
Dono de uma redação invejável, Waldemar também se destacava quando o assunto era engenharia. Projetou praticamente toda infraestrutura de água e esgoto da cidade. Quase todas as obras da época, passavam pelo seu crivo, inclusive a Piscina Municipal, ponto de encontro dos jovens da época.
O projeto e execução da obra teve sua participação ativa. Tanto é, que foi o escolhido para que cortasse a fita inaugural quando de sua inauguração, hoje Espaço Crescer.
Em novembro de 1987, merecidamente, a Câmara de Vereadores lhe outorga como “Cidadão Benemérito”, título que recebeu das mãos da própria filha.
Waldemar morreu aos 83 anos, em 11 de fevereiro de 2013, uma segunda-feira, aliás, uma segunda-feira que ele mais gostava de comemorar: Segunda-feira de Carnaval.
Waldemar Fernandes foi esposo, pai, amigo e conselheiro fantástico! Um homem público que deixou exemplo para Duartina, como amigo e pelo amor que tinha pelos duartinenses, uma figura que trabalhava na política com o coração e que amava a cidade.
Esse amor foi recíproco, pois Duartina carrega no seu brasão, a lembrança e o reconhecimento da importância que foi Waldemar Fernandes para o progresso de Duartina. Poucos sabem, mas o “brasão” do município tem em Waldemar Fernandes o seu criador. “Divide et Impera”, isto é, Dividir e Conquistar.
Ele deixou um grande exemplo para a geração atual e para as próximas que ocuparão cargos públicos e que sua história sirva de exemplo e lição.
Nossas sinceras homenagens ao Sr. Waldemar Fonseca Fernandes, um dos filhos mais ilustres da terrinha de Santa Luzia e que FEZ parte da História da Cidade.