Há doze anos, um jovem de 23 anos invadiu a escola onde havia estudado no bairro de Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, e produziu um massacre que chocou o país: armado com dois revólveres, ele disparou contra os alunos, matando doze deles e cometendo suicídio em seguida. Na época, o episódio assustador foi tratado pela imprensa como de fato era até então: algo fora do comum no Brasil. Há alguns anos, no entanto, a ocorrência de diversos casos similares tem exigido atenção das autoridades e gerado preocupação em pesquisadores, que apontam caminhos para enfrentar esse cenário.
No último dia 5, uma creche em Blumenau (SC) se tornou alvo de um homem de 25 anos que tirou a vida de quatro crianças. Nesse caso, investigações preliminares não apontaram nenhum vínculo do agressor com a instituição. No último dia 28, outro ataque causou uma morte de uma professora e deixou cinco pessoas feridas na Escola Estadual Thomazia Montoro, no bairro Vila Sônia, em São Paulo. O crime foi cometido por um de seus alunos, de 13 anos.
O secretário de Educação de Duartina, professor Zezo Joanitti, disse durante entrevista à TV Enfoque PC que vai ao ar na manhã deste sábado, acredita que os motivos que estão levando os adolescente a cometerem esses crimes, vem da família. “Veja bem, a escola é um ambiente de aprendizagem e de crescimento da criança. O que vemos hoje são as famílias e a sociedade desestruturadas, brigas entre casais, a falta de carinho entre os pais e filhos, tudo isso contribui para essa situação, porque a criança leva para escola o ambiente familiar. Os bullings preocupa porque fere a criança na sua alma. Adolescentes de 12 ou 13 anos, o ritmo que eles curtem são os mais agressivos, isso na minha opinião são os fatores principais desses acontecimentos”.
O secretário também tranquilizou os pais. “Podem ficar tranquilos. Seus filhos estão sendo bem cuidados. Estamos tomando todas as medidas de segurança. Estamos ai com a operação delegada, onde destacaremos um policial para cada escola. Os professores estão treinados e capacitados para relatarem qualquer movimento estranho do aluno. Os muros das escolas foram checados. Durante as aulas, as salas ficam trancadas. Então, não há com o que se preocupar, apenas pedimos para os pais que nos ajudem, prestem atenção no comportamento do seu filho, olhem a mochila dele, veja com quem ele está se comunicando no celular, não poste nada nas redes sociais com relação a esse tema, pois isso contribui para o aumento dos casos”.
A entrevista com o professor e secretário da educação de Duartina, está disponível no Youtube TV Enfoque PC.