Por Desirèe Assis*, g1 Bauru e Marília
A fonoaudióloga suspeita de torturar e ofender crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em uma clínica particular de Duartina, no interior de São Paulo, possui graduação, mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), campus de Bauru (SP).
Bianca Rodrigues Lopes Gonçalves, de 33 anos, se formou como fonoaudióloga em 2009, realizou a Prática Profissionalizante em Fluência e Linguagem Infantil entre 2012 e 2013, finalizou o mestrado em Ciências pelo Programa de pós-graduação em 2012 e concluiu o doutorado em 2017.
O QUE SE SABE E O QUE FALTA SABER SOBRE O CASO
Em 2022, Bianca completa 13 anos como profissional na área. O CNPJ de sua clínica particular, na qual atuava como fonoaudióloga, foi registrado em 4 de setembro de 2020. O local passou por perícia e está à venda.
Bianca é mãe de uma menina de 2 anos, natural de São Caetano do Sul (SP) e tem uma irmã. Ela completa 34 anos em 6 de outubro. Nas redes sociais da clínica, a fonoaudióloga publica fotos com conteúdo sobre o autismo e a psicologia infantil.
A profissional passou a ser investigada depois que mães de crianças autistas fizeram denúncias de violência à polícia.
Questionada pelo g1, a defesa da fonoaudióloga Bianca Rodrigues apenas disse que colabora com as investigações policiais e se resguarda de outros pronunciamentos por conta de o inquérito policial estar em segredo de Justiça.
A INVESTIGAÇÃO
A Polícia Civil informou, na terça-feira (16), que a perícia comprovou a autenticidade das imagens. Agora, o delegado explicou que o próximo passo da investigação é terminar de ouvir os depoimentos das mães que denunciaram as agressões.
Após a conclusão do inquérito, ele será encaminhado para o Ministério Público (MP-SP), que deve decidir se oferece denúncia à Justiça.