Em nota enviada a nossa redação, a Sabesp informou que a água fornecida pela Companhia não está contaminada e não apresenta riscos, conforme noticiou o Ministério da Justiça.
De acordo com a companhia, a água atende aos padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
A resposta da empresa se refere a uma investigação do Ministério da Justiça que instaurou processo contra empresas responsáveis pelo tratamento ou pelo sistema de distribuição de água para 1.194 municípios do país, sendo 28 deles localizados no centro-oeste paulista, incluindo Duartina.
A medida decorre da constatação de presença de substâncias químicas e radiológicas prejudiciais à saúde humana que foram detectadas em volume acima do permitido.
A investigação foi conduzida pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), e as empresas terão prazo de 20 dias para prestar os esclarecimentos e apresentar um plano de adequação às regras do governo federal que determinam os parâmetros de qualidade da água para consumo humano, o chamado padrão de potabilidade.
Após a veiculação de notícias denunciando essa situação em vários municípios do país, a Senacon solicitou apoio técnico-científico para dar início a uma investigação pericial com base em dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde por meio do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua).
Coube ao Instituto Nacional de Criminalística (INC) da Polícia Federal (PF) fazer a perícia. Mais de 3 milhões de resultados de análises laboratoriais foram examinados.
Os peritos então encaminharam um laudo à Senacon, comprovando a presença de substâncias químicas e radiológicas nocivas à saúde, em valor acima do máximo permitido.
Conforme o laudo, a ocorrência de substâncias nocivas, acima do valor máximo permitido, viola o padrão de potabilidade, estabelecido pelo Ministério da Saúde.
A Sabesp desmente essa versão e afirmou em nota que para garantir a qualidade da água distribuída, a Sabesp monitora continuamente, conforme exigências do ministério, todas as etapas do sistema de abastecimento, desde o manancial, onde é feita a captação da água, o sistema de tratamento, o sistema de distribuição (redes de distribuição e reservatórios) até o cavalete na entrada do imóvel dos clientes.
Segundo a empresa, todos os resultados são divulgados no site do VigiÁgua do ministério e estão disponíveis para consulta pública e para os órgãos de fiscalização. A Companhia esclarece ainda que não foi notificada oficialmente e que prestará todos os esclarecimentos necessários oportunamente.