Sidney Fernandes
Comunicadores transmitem suas mensagens, ensinam modernas técnicas de oratória e prendem a atenção de numerosas plateias. Sacerdotes católicos da nova geração oram, cantam e atraem fiéis e se transformam em excelentes influenciadores digitais. Pastores de igrejas catalisam as atenções de frequentadores, consolam, reúnem multidões e exortam os poderes da fé. Oradores espíritas esclarecem, promovem o autoconhecimento e convidam espectadores à prática do bem e ao esforço para vencerem seus defeitos. Inúmeras canalizações trazem palavras de incentivo, aclaram mentes, em linguagem fácil e de pronta assimilação.
Além do conhecimento, da filosofia e da base religiosa desses operários de ideias e palavras, o que eles têm em comum? Todos esses e muitos outros que aqui não foram citados, espalham conceitos por intermédio do magnetismo pessoal.
Inegavelmente, todos eles, cada um a seu modo e com sua técnica, eminentes comunicadores, trazem o seu concurso na obra educativa do presente e do futuro, espalhando os frutos de suas investigações e veiculando os poderes ocultos do homem.
Diz-nos Emmanuel, no entanto, que semelhantes esforços na transmissão de mensagens não são novidades.
O maior comunicador de todos os tempos foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal. Como ninguém, encantava as pessoas simplesmente com a sua presença. Multidões seguiam seus passos, para ouvi-lo e para vê-lo em plena ação, na prática de seus princípios e da aplicação do seu leve toque curativo.
Admiradas, pessoas buscavam tocá-lo, na certeza de que da sua vestidura e do seu corpo exalavam luzes, emanavam irradiações de amor, que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Os privilegiados que conseguiam compartilhar da sua companhia sentiam-se envolvidos por inesquecível clima de paz, do qual jamais se esqueciam e que iria se transformar em motivo para eternos relatos aos seus descendentes:
— Eu o segui, pude ouvi-lo e tocá-lo — ufanavam-se, principalmente os mais idosos.
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Os comunicadores do século XXI merecem todo o nosso respeito, pois dão continuidade ao esforço de veiculação das atitudes, palavras e comportamentos que irão proporcionar evolução, conforto e alívio, aos seus seguidores. Devemos, realmente, aproveitar a experiência que os orientadores terrestres nos trazem, principalmente para que se desenvolvam as nossas potencialidades psíquicas.
Impossível, todavia, olvidar os exemplos e as vivas demonstrações de magnetismo do maior de todos os comunicadores: Jesus!
No sublime mestre, encontramos não apenas a técnica da oratória, a influenciação, o consolo e a atração das multidões. Não somente o esclarecimento, o convite ao autoconhecimento e o aclaramento das mentes. Nas parábolas e nos exemplos, encontramos a mensagem fácil, ao alcance dos mais simples, imitada pelos influenciadores digitais de nossos tempos.
Se os comunicadores de hoje, de todos os matizes, igrejas e filosofias, desejarem efetivamente firmar-se na influência legítima dos seus seguidores, será imprescindível que se revistam do sentimento com que Jesus abalou a Terra e atravessou os séculos: a irresistível influência do amor, vinda do céu, em direção à vida superior.
Referência: Pão Nosso, Emmanuel.