Inquérito de abandono de incapaz será instaurado; força-tarefa foi mobilizada para que criança fosse encontrada
Malavolta Jr./JC Imagens
Delegado Dinair José da Silva
A Polícia Civil vai instaurar um inquérito por abandono de incapaz, em Piratininga, onde um menino de 2 anos e 10 meses ficou mais de 16 horas desaparecido, na zona rural, entre sábado e domingo últimos. Trata-se da segunda vez que a criança sai de casa sozinha, informa o delegado da cidade Dinair José da Silva.
Nesta última ocorrência, o garoto foi localizado a cerca de 3 quilômetros de distância de casa. Para encontrá-lo, foi mobilizada uma grande operação de buscas no município, que contou com apoio da Polícia Militar (PM) de Bauru, do Canil da PM, helicóptero Águia e do Corpo de Bombeiros. As equipes se alternaram de forma ininterrupta, destaca Dinair.
Segundo o boletim de ocorrência (BO), na tarde do sábado, a criança brincava com a irmã de 5 anos do lado de fora de casa, situada em um sítio do município. A mãe, pai e tios dos pequenos estavam na propriedade. Em determinado momento, a menina entrou em casa pedindo as galochas dela e do irmão. Depois, retornou para o lado de fora para brincarem. Pouco tempo depois, por volta de 17h, a garota voltou para a residência porque estava passando mal. A mãe, então, a medicou e foi procurar pelo filho, mas não o encontrou, explica o delegado.
Ela, o pai e os outros familiares passaram a procurá-lo no sítio e nas fazendas próximas e acionaram o 190 da PM. O menino desapareceu vestindo apenas um calção e as galochas.
Ainda segundo o BO, as buscas permaneceram ao longo de toda a noite e a madrugada. Por fim, a criança foi localizada, por volta de 9h30 do domingo, por um homem que passava em uma estrada de servidão pública, região de uma fazenda de Piratininga. Ele viu o menino sozinho no acostamento e avisou os bombeiros.
O garoto foi socorrido preliminarmente até o Pronto-Socorro Central (PSC) de Bauru, sendo transferido para internação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Bela Vista, onde ficou em observação por conta das picadas de insetos e possível desidratação, posteriormente não constatada. O médico plantonista informou à família e às polícias Militar e Civil que o garoto estava em bom estado de saúde.
Por precaução, o delegado solicitou exame de corpo de delito para averiguar se o menino sofreu algum tipo de violência, física ou sexual. Até o momento, o resultado não ficou pronto.
De acordo com Dinair José da Silva, o caso segue sob investigação, sendo que um inquérito por abandono de incapaz será instaurado. Segundo ele, a criança perambulou sozinha e teve sorte, porque poderia ter sido ferida gravemente por algum animal, por exemplo.