Suspeito, identificado como Thiago Oliveira Silva, de 22 anos, passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (15). O caso foi na noite da última quarta-feira (14), em Ipaussu (SP).
Por g1 Bauru e Marília
O jovem que invadiu uma escola estadual e esfaqueou duas professoras e fez um terceiro docente refém teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. O caso foi na noite da última quarta-feira (14), em Ipaussu (SP).
O suspeito, identificado como Thiago Oliveira Silva, de 22 anos, passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (15). Na decisão, não há prazo determinado na prisão preventiva.
Segundo a polícia, o agressor chegou na Escola Estadual Professor Júlio Mastrodomênico armado com uma faca, um canivete e um simulacro quando professores realizavam uma reunião. Não havia alunos no momento do ataque.
O delegado contou que o homem disse que a motivação do ataque foi um bullying que ele sofreu há dez anos, quando era aluno em outra escola da cidade. Ele foi até a Escola atrás da diretora, que atuava na outra unidade de ensino onde ele teria sofrido o bullying.
Assim que viu uma professora, o homem a atacou nas costas. Outra professora que estava no local tentou socorrer e também acabou ferida. Elas conseguiram tirar a faca do agressor, mas ele sacou um canivete e feriu as duas.
Um professor, a terceira vítima, foi socorrer as colegas e tentar desarmar o jovem, quando acabou ficando refém dele. Thiago colocou uma faca no pescoço da vítima. O professor também levou coronhadas na cabeça com o simulacro que o agressor carregava.
A Polícia Militar chegou no local e conseguiu prender o rapaz. Thiago foi levado à delegacia de Ourinhos e transferido para a cadeia de São Pedro do Turvo. Após a audiência de custódia, não foi confirmado se ele continua preso no local ou foi transferido para outra unidade.
A professora que foi esfaqueada nas costas foi levada a um leito de emergência da Santa Casa de Ourinhos em estado grave. Segundo o hospital, há possibilidade de perfuração em um dos pulmões.
Ainda de acordo com a unidade hospitalar, a paciente segue em cuidados, sob internação, estável com melhora progressiva. O quadro ainda inspira cuidados e observação, sendo realizados exames de acompanhamento.
O professor feito refém não se feriu, apesar do susto. Não há detalhes sobre o quadro de saúde da professora que levou facada no braço.
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) disse que “lamenta o ocorrido e repudia toda forma de violência dentro ou fora da escola”.
Informou também que a Diretoria de Ensino de Ourinhos e a escola colaboram com as investigações. Ainda de acordo com as aulas do período matutino desta quinta-feira (15) foram suspensas. A nota esclarece ainda que “a equipe central do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP) presta apoio às servidoras e a comunidade escolar”.