Polícia Civil identifica e indicia suspeito de envenenar animais em Duartina
Delegado disse que vai encaminhar o caso ao MP e vai investigar os estabelecimentos que vendem o veneno conhecido como “chumbinho”
O delegado da polícia civil de Duartina, Dr. Paulo Calil disse, em entrevista ao Jornal PC Notícias, que já identificou o suspeito de envenenar animais em Duartina.
Segundo o delegado, nos últimos dias chegaram inúmeras ocorrências na delegacia local de morte de animais por envenenamentos sendo que a maioria deles, ocorreram na rua Henrique Ortelã entre a prefeitura e o cemitério local.
Calil explicou que imagens de câmaras de segurança e depoimentos de testemunhas apontam para um idoso, de 86 anos, morador das proximidades de onde ocorreram as mortes, como o principal suspeito de ser o responsável pela morte de no mínimo, 8 animais, todas elas provocadas pelo uso de uma substância conhecida como “chumbinho” que era usado para matar ratos.
C.P. (só as iniciais serão divulgadas em respeito ao estatuto do idoso) tem passagem pela polícia por falsidade ideológica, estupro e agora vai responder pelas condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Se condenado, poderá pegar de 2 a 5 anos de reclusão e multa.
Chumbinho
O aldicarbe, agrotóxico utilizado de forma irregular como raticida doméstico (chumbinho), foi banido do mercado brasileiro, em 2012, porém, não é difícil encontrar o produto nas casas agropecuários ou até mesmo em feiras livres nas grandes cidades.
“Estamos recebendo informações que algumas casas podem estar comercializando esses produtos aqui em Duartina. Provavelmente este senhor que está sendo indiciado adquiriu esse produto em algum estabelecimento da cidade e por isso vamos investigar quais são essas lojas, cujos proprietários responderão pelo crime. Pedimos aos comerciantes para que sejam responsáveis e não vendam esse tipo de mercadoria”, esclareceu Calil.
Até a manipulação deste tipo de veneno, segundo advertiram as representantes da Vigilância Sanitária, Jacklene Andrade e Míriam Elizabeth, podem provocar danos à saúde das próprias pessoas que estão comercializando o produto. Diante destas considerações, a promotora informou que estaria arquivando o procedimento no MPE, mas assegurou que encaminhará todas as informações colhidas para a Secretaria de Estado da Segurança Pública, solicitando abertura de inquérito policial para investigar os fatos e processar criminalmente as pessoas que estão fazendo a comercialização deste produto