Não precisa ser muito atento para observar a quantidade de cabos e fios baixos e pouco tensionados em postes de luz em todas as cidades, sem distinção. O emaranhado, além de esteticamente ruim, pode ocasionar acidentes. Em Duartina, é comum caminhões atingirem fios e, por consequência, derrubarem até postes. E quando isso acontece, transito lento e algumas horas sem telefone, Internet ou mesmo eletricidade são algumas das consequências.
Este problema pode ocorrer por dois motivos: o veículo não pode transitar por aquela via ou a instalação da fiação não seguiu as normas padrões da ABNT NBR nº 15.688. A fiscalização destes é de responsabilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Conforme a Aneel, a responsabilidade pela instalação, operação e segurança das redes de energia elétrica é da concessionária de distribuição. Já os cabos de telecomunicações (telefonia ou de internet) são referentes à Anatel.
De acordo com o empresário João Pinoti, proprietário de uma empresa de internet em Duartina, disse que o problema é constante e que dificilmente, passa-se uma semana, sem que algum caminhão derrube fios da cidade. “O grande problema desse incidente é que a interdição de um trecho ou de uma rua provoca uma série de transtornos em todo o trânsito da região e as pessoas acabam ficando sem telefonia e internet, sem falar no risco de pessoas, motociclistas correm em razão de que fios fiquem soltos, o que aumenta o risco de acidentes”.
Pinotti diz que as empresas de internet aqui de Duartina, ao saberem de acidente envolvendo caminhões com fios, imediatamente, se deslocam até o local e procuram resolver o mais rápido possível, porém, o grande número de acidentes vem causando transtornos aos usuários”.
“A maioria das vezes, ou quase na sua totalidade, os caminhões estão com carga acima do limite e isso causa todo esse transtorno”, complementa.
Ainda de acordo com Pinotti, a solução seria criar uma rota de caminhões, evitando que esses passem pelas ruas da cidade.
Que parte da fiação de Duartina está baixa, isso muita gente nota e se preocupa. Mas o problema maior, segundo moradores, está na falta de informação sobre a quem recorrer para solucionar o incômodo.
Nossa reportagem encaminhou um e-mail a Anatel e a CPFL relatando o problema, porém, até o fechamento desta edição, não obtivemos resposta.