Mulher, que tem problemas de saúde, era obrigada a tomar banho na sala da casa onde vivia com mais 3 pessoas, sendo uma elas uma adolescente. Suspeito afirmou à polícia que uma das vítimas tinha furtado seu ferro-velho em Piratininga.
Por g1 Bauru e Marília
Um homem de 69 anos foi preso pela polícia Civil em Piratininga por suspeita de manter uma família em condição análoga à escravidão. Segundo a polícia, a investigação sobre o caso durou cinco meses, e concluiu que além de não receberem salário, as vítimas viviam em condições degradantes.
Ao todo, quatro pessoas da família, sendo uma adolescente, dois jovens e uma idosa eram mantidos na propriedade rural, onde eram obrigados a trabalhar sem receber salários. Além disso, na casa não havia banheiro e a idosa, que tem problemas de saúde, era obrigada a tomar banho na sala com ajuda de um balde.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Dinair José da Silva, o caso era investigado há 5 meses e o homem teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na última terça-feira (11). Além de manter a família em situação análoga à escravidão, ele também é investigado por agredir e ameaçar as vítimas.
A propriedade onde a família vivia em condições precárias, inclusive sem alimento, fica em um assentamento no distrito de Brasília Paulista, às margens da Rodovia João Batista Cabral Rennó.
Ainda de acordo com o delegado, o homem teria levado a família para trabalhar de graça para ele para cobrir supostos prejuízos causados por um furto no ferro-velho de propriedade do suspeito. Ele acusava uma das vítimas de ser a responsável pelo furto,
O homem de 69 anos foi levado para cadeia de Avaí e o caso segue sendo investigado pela Polícia Civil. As vítimas foram encaminhadas para um abrigo.