A verdadeira essência do ser humano consiste em sua dignidade e em seu bom caráter. Não adianta você demonstrar que tem bom caráter apenas com palavras bonitas. Temos que demonstrá-los com atitudes, com atos e provas de que és digno de credibilidade.
Pois bem, hoje trazemos em nossa coluna a história de um homem digno, honrado, de caráter ímpar e de uma conduta ilibada em toda sua trajetória.
Falamos de Adelino Segundo, um homem que realmente FEZ PARTE DA HISTÓRIA DA CIDADE.
Natural de Jundiaí, Adelino Segundo era filho de Manoel Segundo e Encarnação Gonçalves Segundo. Seu pai, imigrante espanhol, veio para o Brasil com 7 anos de idade com os pais e se estabeleceram em São Paulo, quando Manoel completou quatorze anos, seu pai resolveu vir com a família para cidade de Agudos onde começaram a trabalhar com depósitos de bebidas. Ali conheceu sua esposa Dona Encarnação Gonçalves, casaram e foram para Jundiaí onde nasceu seu primeiro filho Adelino Segundo em 04 de novembro de 1923.
Adelino chegou em Duartina com dois anos de idade. No início, os pais continuaram no ramo de bebidas, mas depois estabeleceram como comerciantes de café onde Adelino, já formado em contabilidade não exerceu a profissão, foi trabalhar com seu pai e irmãos. Na época, trabalhavam com grandes máquinas de café e arroz.
Em 14 de setembro de 1946 casou-se com sua eterna, amada e namorada Maria Primo Segundo a quem carinhosamente chamava de “Zéquinha” “Zé” ou “Zezé”. Tiveram 03 filhos: Manoel, Adelino e Isabel, duas noras (Lina e Célia) e um genro (Gerson Blagitz), cinco netos (Gustavo Thiago, Luis Fernando, Guilherme e Vitor); sete bisnetos (Isabella, Julia, Maria Luiza, João Gabriel, Maria Alice, Kaique e Francisco).
Em meados de 1970 resolveram parar com esse comércio devido à queda do comércio cafeicultor. Adelino então foi trabalhar como contador da Marvel em Marília uma grande loja de carros da época.
Sempre muito ativo nas atividades sociais da cidade, Adelino era uma pessoa muito amável e adorava participar de comissões de festas.
Ajudou na fundação do Hospital Santa Luzia, e depois de pronto foi até Santos buscar as Irmãs Italianas que vieram para cuidar do Hospital. Uma de suas paixões era trabalhar na Quermesse de Santa Luzia, para ajudar a nossa igreja matriz. Participou da fundação do Rotary Club de Duartina e do Lions da cidade.
Em 1977, foi convidado pelo então provedor do Hospital Santa Luzia Santa Sr. Elias de Oliveira Lima para administrar a parte contábil e financeira da entidade ficando por lá por 20 anos. Durante esse período, conduziu a contabilidade na ponta do lápis e no rigor dos números. Se preocupava com centavos. Gozava de tanto prestígio junto a diretoria que os diretores, assinavam cheques e papéis em branco.
Adelino deixou a direção do Hospital em janeiro de 1997, por motivo de doença, mas com um legado invejável. Sua conduta, como homem, pai, esposo, profissional foi intocável, admirada e inesquecível. Em seu coração pulsava o amor pelo Hospital, pela cidade e coincidentemente só parou em 11 de dezembro de 1998, exatamente no dia do aniversário de Duartina.
Ao nosso querido e saudoso Adelino Segundo e seus familiares, a eterna gratidão do povo duartinense, hoje transcritas nas páginas do jornal PC Notícias.