Dona Maria Laiola, a super mãe de 12 filhos, 50 netos e 74 bisnetos

Compartilhe nas redes sociais

São elas que, diariamente, são a maior fonte de carinho e amor incondicional. Que alertam as crianças a escovar os dentes antes de dormir, a fazer a tarefa, que cozinham ou compram aquela comidinha e fazem o agrado especial que os filhos tanto gostam. E quem mais, exausta, após respirar por alguns segundos aliviada pelo bebê ter dormido após uma longa jornada de cuidados, desejaria, imediatamente, que ele acordasse para poder abraçar e beijar? Só a mãe.

O Dia das Mães se aproxima, data em que os filhos fazem aquela homenagem não apenas para quem os deu à luz, ou adotou, mas também para a irmã, avó, tia, enfim, todas as pessoas que cumprem esse papel especial em suas vidas. No Brasil, a data comemorativa foi oficializada por um decreto emitido pelo ex-presidente Getúlio Vargas, mas sua origem moderna remonta aos Estados Unidos, no começo do século 20.

Nossa reportagem procurou na região, uma super mãe de 12 filhos, 50 netos e 74 bisnetos.  Falamos da dona Maria Laiola dos Santos uma senhora de 84 anos moradora na cidade de Cabrália Paulista.

Rodeada por alguns filhos, netos e bisnetos, Dona Maria com seu jeito simples, humildade, mas de um humor imensurável recebeu com muito carinho nossa reportagem para contar um pouco da sua trajetória de vida.

Nascida no interior da Bahia, Dona Maria veio para Cabrália Paulista com 13 anos de idade junto com seus 18 irmãos. Seu pai veio pra trabalhar na lavoura.  Desde criança Dona Maria enfrentou o duro e penoso da roça, mais precisamente na colheita do café.  Não tinha salário, apenas ajudava o pai.

Aos 19 anos casou-se com José Benedito do Santos com quem teve 12 filhos sendo que quatro deles já faleceram. Cuidando de casa e dos filhos, Dona Maria ainda ia para a lida diária da lavoura.  As dificuldades e necessidades eram muitas, mas tinha que conciliar o papel de mãe, dona de casa com o árduo trabalho da roça.

O segredo para ter tanto filhos?  Com o humor sempre em alta, ela revela: “Nunca tomei remédio pra não ter filhos, se tinha que vir que viesse” respondeu aos risos.

Para criar os filhos, Dona Maria conta que todos também trabalhavam desde pequenos e quando seu marido veio a falecer a cerca de 20 anos, todos já eram grandes e já tinham encaminhamento na vida.

Dona Maria que sofreu um pequeno AVC e que guarda algumas sequelas, conta que sente saudades do trabalho na roça.  “Toda vez que vejo alguém a tardezinha descer de um ônibus com um garrafão de agua, me da um aperto no peito com vontade de trabalhar”. Conta ela.

Sobre o conselho que ela daria para as futuras mães é que, ouçam os conselhos dos pais, principalmente a mãe.  Ela diz que sente saudades da época em que os filhos pediam “bênçãos” aos pais.  “Hoje, alguns filhos tomam atitude contrárias aos que os pais aconselharam e a maioria deles acabam tomando decisões erradas e pagam um preço muito alto. A gente da conselho, mas eles acabam fazendo do seu jeito”.

“Neste dia das mães quero deixar uma palavra de carinho a todas as mães.  Tenho saudade da minha mãe, sei que não posso tê-la comigo agora, por isso a você que ainda tem mãe, cuide dela com muito carinho”.

 

[post-views]