Pendengas….
Aos poucos as pendengas das eleições de 2020 vão ficando para traz. Essa semana, a justiça local deu a sentença em primeira instância sobre acusação de ocorrência de fraude pelo Partido dos Trabalhadores da Graia na utilização de candidaturas laranjas (mulheres) que, segundo os acusadores, serviram apenas para completar a cota de gêneros. A candidata que não teve nenhum voto, justificou que desistiu da campanha, uma vez que, seu marido enfrentou problemas de saúde.
Empacado….
Cá na terrinha, o processo de cassação do mandato do atual prefeito ainda repousa solene nas gavetas do relator do Tribunal Regional Eleitoral em São Paulo há mais de dois meses. O voto do relator é tido como uma das peças mais importantes num processo de cassação de mandato eletivo. Afinal, é o relator que apresenta um minucioso relatório dos fatos.
Mão no bolso….
O único processo que está andando é o inquérito da Policia Federal sobre a divulgação no grupo de whatsaap denominado “Politicando” de uma pesquisa eleitoral sem registro antes das eleições de 15 de novembro. O autor da façanha já foi ouvido e afirmou que não sabia que era proibido. De acordo com a Resolução TSE 23.549/2017, a divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações sujeita os responsáveis à multa no valor de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00. Por outro lado, a divulgação de pesquisa fraudulenta (falsa) constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa no mesmo valor.
A esperança
Este é um valor sempre presente na seara da política. O PT dos tempos idos sinalizava com a esperança de mudança. Aliás, mudança foi a palavra usada por Lula para iniciar seu discurso de posse em 1º de janeiro de 2003. O eleitorado acabou o reelegendo e ele, mesmo sob atropelos, conseguiu eleger sua sucessora, Dilma Rousseff. Foram 13 anos de gestão petista. E em sua esteira inaugurou-se uma era de grandes escândalos, tendo como centro a Petrobras. Caímos na operação Lava Jato. A imagem do lulopetismo ficou na lama. Lula foi condenado. E agora, com sua absolvição pelo STF da condenação imposta pelo então juiz Sergio Moro, ganha condições de elegibilidade, que pode ser retirada por novas condenações.
Novos julgamentos
A mídia tem dado cobertura às recentes decisões do STF como se elas já fossem algo definitivo. Há, assim, um imenso prejulgamento midiático, que coloca novamente o foguete Luiz Inácio na plataforma de lançamento. Ora, tudo será reiniciado na vara de Brasília ou, até, em São Paulo. Mesmo que o vento corra, hoje, na direção do líder maior do PT, este analista acredita que Lula, por enquanto, está no limbo, podendo voltar a frequentar o inferno. Alcançar as glórias do paraíso? Isso seria possível, sabendo-se como são instáveis nossas instituições e como o Senhor Imponderável costuma frequentar nossas plagas. Mas nova condenação não pode ser retirada do mapa das previsões. Dizer que nunca foi beneficiado pela “mão caridosa” de grupos que promoveram a roubalheira parece um grande drible na verdade. Como já se acentuou, acima, pode acontecer até isso. Enfim, com nova condenação ou não, Lula terá dificuldades para resgatar a aura do passado.